José de Oliveira Fernandes

O escritor Jack Canfield, em um dos seus livros relata a história do seu amigo Monty Roberts (www.montyroberts.com) dono de um rancho de cavalos no distrito de San Ysidro, cidade de San Diego, Califórnia.

Num dos encontros com Jack, Roberts relata um acontecimento importante que ocorreu quando ele era ainda criança: “Quero lhe contar por que deixei você usar minha casa para ajudar estas crianças. Tudo remonta a uma história sobre um garoto filho de um treinador de cavalos itinerante que ia de estábulo a estábulo, pista a pista , fazenda a fazenda e de rancho a outro rancho, treinando cavalos. Devido a estas viagens, o estudo do garoto no colegial foi constantemente interrompido. Já quase um veterano, foi convidado a escrever uma redação sobre o que ele queria ser e fazer quando crescesse.

“Naquela noite, ele escreveu um texto de sete páginas descrevendo seu sonho de um dia possuir um rancho de cavalos. Ele escreveu sobre seu sonho com grandes detalhes e até desenhou um mapa de uma fazenda de 200 acres, mostrando a localização de todos os espaços, estábulos e pistas. Em seguida, ele desenhou uma planta detalhada para uma casa de 4.000 metros quadrados que construiria no seu rancho sonhado de 200 acres de terra.

“Ele colocou muito do seu coração na redação e no dia seguinte entregou para sua professora. Dois dias depois, ele recebeu a redação de volta. Na primeira página havia um grande F vermelho (Insuficiente) com uma nota que dizia: “Procure-me depois da aula”.

“O menino com o sonho foi ver a professora depois da aula e perguntou: ‘Por que recebi um F (insuficiente)?’

“A professora disse: ‘Este é um sonho irrealista para um menino como você. Você não tem dinheiro. Você vem de uma família itinerante. Você não tem recursos. Possuir um rancho de cavalos requer muito dinheiro. Você tem que comprar terra. Você tem que pagar pelos cavalos e depois pesados impostos. Não há como você fazer isso. Em seguida, a professora acrescentou: “Se você reescrever esta redação com um objetivo mais realista, reconsiderarei sua nota”.

“O menino foi para casa e pensou muito sobre isso. Perguntou ao pai o que deveria fazer. Seu pai disse: ‘Olhe, filho, você precisa se decidir sobre isso. Além disto, acho que é uma decisão muito importante para você.

“Finalmente, depois de sentar com seu texto por uma semana, o menino entregou o mesmo papel à professora, sem fazer nenhuma alteração. Ele afirmou: “Você pode manter o F e eu manterei o meu sonho.”

Monty então se virou para o grupo reunido e disse: “Conto-lhes esta história porque vocês estão sentados em minha casa de 4.000m² construída no meu rancho de cavalos de 200 acres. Eu ainda tenho aquele papel da escola emoldurado em cima da lareira.” Ele acrescentou: “A melhor parte da história é que a dois anos atrás a mesma professora trouxe 30 crianças para acamparem no meu rancho por uma semana. ”Quando a professora estava saindo, ela disse: ‘Olha, Monty, posso te dizer isso agora. Quando era sua professora, eu era uma espécie de ladra de sonhos. Durante esses anos, roubei sonhos de muitas crianças. Felizmente você teve coragem suficiente para não desistir do seu sonho.’

No Brasil, e em muitos países da América Latina, temos muitos “ladrões de sonhos” que infelizmente muitos de nós não percebemos:

  • Redes sociais
  • a velha TV
  • Bebidas e festas constantes
  • Consumismo
  • Discussões políticas
  • Perda de foco (por exemplo, por não escrever e alimentar diariamente seus sonhos e objetivos).

A associação com pessoas com atitude mental positiva e determinadas a vencer é um dos principais antídotos.