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Geração Ansiosa – Jonathan Haidt

O livro Geração Ansiosa, do psicólogo Jonathan Haidt, lançado em julho de 2024, aborda a crescente epidemia de transtornos mentais entre crianças e adolescentes, especialmente a geração Z, nascida após 1995. O livro explora como a hiperconectividade e o uso excessivo de redes sociais têm impactado negativamente a saúde mental dos jovens.

Percent U.S. anxiety prevalence. Largest rises are among 18-25 year-olds, 2008-2021.

Principais Ideias do Livro

  1. Impacto das Redes Sociais: Haidt argumenta que o uso quase irrestrito de redes sociais desde a infância tem levado a um aumento significativo de ansiedade, depressão e outros transtornos mentais. As redes sociais, ao promoverem comparações constantes e a busca por validação, têm causado uma sensação de inadequação e solidão entre os jovens12.
  2. A Grande Reconfiguração da Infância: O autor descreve a transição de uma infância baseada em brincadeiras ao ar livre para uma infância dominada por dispositivos eletrônicos. Esta mudança tem prejudicado o desenvolvimento social e neurológico das crianças, resultando em privação de sono, fragmentação da atenção e dependência digital23.
  3. Superproteção e Subproteção: Haidt destaca a ironia de uma geração superprotegida no mundo real, mas subprotegida no mundo virtual. Os pais, ao tentarem proteger excessivamente seus filhos de riscos físicos, acabam não preparando-os para os desafios do mundo digital, onde a exposição a conteúdos inadequados e a pressão social são constantes2.
  4. Diferenças de Gênero: O livro aponta que as meninas são mais afetadas pelas redes sociais do que os meninos, devido à natureza das plataformas que elas mais utilizam, como Instagram e Facebook, que incentivam a comparação social. Isso tem levado a um aumento maior de ansiedade e depressão entre as garotas12.
  5. Propostas de Solução: Haidt sugere várias medidas para mitigar esses problemas, incluindo a restrição do uso de smartphones e redes sociais por crianças e adolescentes, a proibição de celulares nas escolas e o incentivo a brincadeiras e atividades físicas que promovam a interação social no mundo real23.

Ações práticas para mitigar riscos de desenvolvimento de quadros ansiosos e depressivos em crianças e adolescentes pelo uso excessivo das tecnologias:

1. Proibição de Smartphones em Escolas

Haidt sugere que as escolas adotem políticas rigorosas contra o uso de smartphones durante o horário escolar. Ele argumenta que a presença constante desses dispositivos distrai os alunos e prejudica a concentração e o aprendizado. Em algumas escolas, a implementação de armários ou caixas onde os alunos devem deixar seus celulares ao entrar na escola tem mostrado resultados positivos, aumentando o engajamento nas aulas e melhorando o desempenho acadêmico1.

2. Limitação de Idade para Redes Sociais

Outra medida prática é a restrição do acesso às redes sociais para menores de 16 anos. Haidt defende que as crianças e adolescentes devem passar pelo período mais vulnerável do desenvolvimento cerebral sem a pressão das comparações sociais e da influência dos algoritmos. Alguns países já estão considerando legislações que proíbem o uso de redes sociais por menores de uma certa idade, visando proteger a saúde mental dos jovens2.

3. Uso de Celulares Básicos

Haidt também recomenda que os pais forneçam aos filhos apenas celulares básicos, sem acesso à internet ou aplicativos de redes sociais, até que eles atinjam uma idade mais madura. Isso ajuda a reduzir a exposição precoce às redes sociais e incentiva as crianças a se envolverem mais em atividades offline, como esportes e brincadeiras ao ar livre2.

4. Programas de Educação Digital

Implementar programas de educação digital nas escolas é outra estratégia eficaz. Esses programas ensinam os jovens sobre os riscos e benefícios das redes sociais, promovendo um uso mais consciente e responsável. Haidt destaca que a educação digital pode ajudar os adolescentes a desenvolverem habilidades críticas para navegar no mundo online de maneira segura e saudável1.

5. Incentivo a Atividades Offline

Por fim, Haidt sugere que pais e educadores incentivem os jovens a participarem de atividades offline que promovam a interação social e o desenvolvimento físico e mental. Atividades como esportes, artes e voluntariado podem oferecer alternativas saudáveis ao tempo excessivo gasto nas redes sociais2.

 

Mais informações na página do autor: The Anxious Generation | Jonathan Haidt