• Aos 23 anos monta pequeno negócio com um sócio, mas a empresa não deu certo;
  • Se candidata para Assembléia Geral de Illinois e perde;
  • Sua primeira namorada Ann Rutledge morre em 1835, alguns meses depois de se conhecerem;
  • Casa com Mary Owens, mas seu relacionamento acaba em 1837;
  • Aos 32 tenta advogar com um grupo de amigos, mas logo a sociedade é desfeita;
  • Na mesma época, uma nova tentativa em entrar para o legislativo, levou a uma nova derrota e um colapso nervoso o leva a passar um tempo com a saúde fragilizada;
  • Aos 34 anos, monta um novo negócio que fali em pouco tempo;
  • Aos 43 e 46 anos tentou entrar para o Congresso e não conseguiu novamente;
  • Em quase 20 anos, Lincoln viu 2 de seus 4 filhos morrerem;
  • Foi derrotado para a nomeação do Partido Republicano;
  • Com 49 anos se candidatou novamente ao Senado e mais uma vez perde.


Abraham Lincoln nasceu em 1809 no Estado de Kentucky, no sul dos Estados Unidos. Filho de um homem da fronteira, teve que lutar para sobreviver, com esforços para estudar enquanto trabalhava em uma fazenda e dirigia uma loja em Illinois.

Lincoln foi capitão contra um levante dos índios, passou oito anos na Assembleia Legislativa do Estado de Illinois, no norte do país, e exerceu advocacia por muitos anos no circuito de tribunais.

Em 1858, Lincoln concorreu contra Stephen A. Douglas para o Senado. Ele perdeu a eleição. Mas no debate com Douglas ganhou uma reputação nacional que lhe valeu a indicação republicana para a disputa presidencial em 1860, que ele venceu com facilidade, devido ao colapso do Partido Democrata, decorrente da crise entre norte e sul em torno da escravidão (o norte era contra, e o sul, a favor).

Lincoln alertou o sul em seu discurso de posse: “em suas mãos, meus compatriotas insatisfeitos, e não nas minhas, se encontra esta questão momentosa da guerra civil”. Para ele, a secessão era ilegal. Ele estava disposto a usar a força para defender a lei federal e a União. Quando as baterias dos confederados dispararam contra o Forte Summer e forçaram sua rendição, ele pediu aos estados 75 mil voluntários. Foi o início da Guerra Civil.

Como presidente, ele transformou o Partido Republicano em uma forte organização nacional, atraindo democratas do Norte para a causa da União. Em 1º de janeiro de 1863 ele divulgou a Proclamação da Emancipação que declarava a libertação dos escravos.

Na inauguração do cemitério militar em Gettysburg, Lincoln declarou: “Que todos nós aqui presentes solenemente admitamos que esses homens não morreram em vão, que esta Nação, com a graça de Deus, venha gerar uma nova liberdade, e que o governo do povo, pelo povo e para o povo jamais desaparecerá da face da terra”.

Ele venceu a reeleição em 1864, enquanto os triunfos militares da União prenunciavam o fim da guerra. Em seus planos para a paz, o presidente era flexível e generoso, encorajando os sulistas a baixarem suas armas e voltarem à União. O espírito que o guiava era claramente o de seu segundo discurso de posse, atualmente gravado em uma parede do Memorial de Lincoln em Washington, DC:

“Sem malícia contra ninguém; com caridade para com todos; com firmeza no correto, que Deus nos permita ver o certo, nos permita lutar para concluirmos o trabalho que começamos; para fechar as feridas da nação…”

Em 14 de abril de 1865, uma sexta-feira santa, Lincoln foi assassinado no Teatro Ford em Washington por John Wilkes Booth, um ator que achava estar ajudando o Sul. O resultado foi o oposto pois, com a morte de Lincoln, morreu a possibilidade de paz com magnanimidade.

Com informações da The White House Historical Association

Para terminar uma pequena história de Lincoln:
Quando Abraham Lincoln foi eleito presidente dos Estados Unidos houve um forte constrangimento das classes dominantes.

Afinal, ele era filho de sapateiro e iria dirigir pessoas de famílias tradicionais.

Ao fazer o seu primeiro discurso no senado, um político muito arrogante aproximou-se e disse em alta voz:
– Antes de o senhor começar, eu gostaria de lembrá-lo de que o senhor é filho de um sapateiro.

E todos riram imediatamente.

No fundo, todos queriam humilhá-lo, já que derrotá-lo não havia sido possível.

Mas um homem persistente como Lincoln não se intimidaria.

Lincoln sorriu e com voz pausada e com a segurança de um vencedor, mas sem jamais esquecer sua origem, respondeu:

– Obrigado por lembrar-me de meu pai neste momento. Eu procurarei ser um presidente tão bom quanto o sapateiro que ele foi. Eu me lembro de que meu pai sempre fez os sapatos de sua família, se os seus sapatos apresentarem algum problema, você pode trazê-los e eu os consertarei. Desde cedo aprendi a consertar sapatos e agora que meu pai está morto posso cuidar dos seus. Aliás, se algum de vocês tiver um sapato feito pelo meu pai que esteja precisando de conserto pode trazer para mim. Mas de uma coisa estejam certos: eu não sou tão bom quanto ele.