Primeiramente gostaríamos de recomendar fortemente este valoroso livro do saudoso psicólogo e professor Marshall Rosenberg: Comunicação Não-Violenta.

 

10 passos para a paz no dia a dia

10 coisas que podemos fazer para contribuir para a paz interna, interpessoal e organizacional

Essas etapas de comunicação não violentas podem ajudá-lo a expressar como você é ou simpatizar com como os outros são:

  1. Passe algum tempo todos os dias refletindo silenciosamente sobre como gostaríamos de nos relacionar com nós mesmos e com os outros.
  2. Lembre-se que todos os seres humanos têm as mesmas necessidades.
  3. Verifique nossa intenção de ver se estamos tão interessados em que outros sejam atendidos nas suas necessidades como as nossas.
  4. Ao pedir a alguém para fazer algo, verifique primeiro se estamos fazendo um pedido ou uma exigência.
  5. Em vez de dizer o que não queremos que alguém faça, diga o que queremos que a pessoa faça.
  6. Em vez de dizer o que queremos que alguém seja, diga que ação gostaríamos que a pessoa tomasse para torná-la da forma desejada.
  7. Antes de concordar ou discordar das opiniões de qualquer um, tente sintonizar no que a pessoa está sentindo e precisando.
  8. Em vez de dizer “não”, diga que necessidade nos impede de dizer “sim”.
  9. Se estamos nos sentindo chateados, pense sobre o que a nossa necessidade não está sendo atendida, e o que poderíamos fazer para encontrá-la, em vez de pensar sobre o que há de errado com os outros ou nós mesmos.
  10. Em vez de elogiar alguém que fez algo que gostamos, expresse nossa gratidão dizendo à pessoa que a nossa necessidade que a ação encontrou.

O Centro de Comunicação Não Violenta (CNVC) gostaria que houvesse uma massa crítica de pessoas usando linguagem de Comunicação Não Violenta para que todas as pessoas sejam atendidas e resolvam seus conflitos pacificamente.

2001, revisado 2004 Gary Baran & CNVC. O direito de duplicar livremente este documento é concedido.

4 componentes da Comunicação Não-Violenta

Para que a Comunicação Não-Violenta (chamada também de comunicação empática) ocorra, Rosenberg explica que é preciso os praticantes se concentrem em quatro componentes, que devem ser expressados de forma clara:

#1 Observação

Em primeiro lugar, é necessário observar o que realmente está acontecendo em determinada situação. O psicólogo sugere questionar se a mensagem que está sendo recebida, seja por meio de fala ou de ações, tem algo a acrescentar de forma positiva. O segredo é fazer essa observação sem criar um juízo de valor, apenas compreender o que se gosta e o que não no que está acontecendo e no que o outro faz.

#2 Sentimento

Depois, é preciso entender qual sentimento a situação desperta depois da observação. É importante nomear o que se sente, por exemplo, mágoa, medo, felicidade, raiva, entre outros. O psicólogo ainda afirma que é importante se permitir ser vulnerável para resolver conflitos e saber a diferença entre o que se sente e o que se pensa ou interpreta.

#3 Necessidades

A partir da compreensão de qual sentimento foi despertado, é preciso reconhecer quais necessidades estão ligadas a ele. Rosenberg ressalta que quando alguém expressa suas necessidades, há uma possibilidade maior de que elas sejam atendidas e que a consciência desses três componentes vem de uma análise pessoal clara e honesta.

#4 Pedido

Por meio de uma solicitação específica, ligada a ações concretas, é possível deixar claro o que se quer da outra pessoa. O especialista recomenda usar uma linguagem positiva, em forma de afirmação, para fazer o pedido. Evite frases abstratas, vagas ou ambíguas.

Exemplo de Comunicação Não-Violenta

Joana, quando você grita comigo no ambiente de trabalho (observação), eu me sinto diminuído e irritado (sentimento) porque preciso sentir que sou respeitado e que meus colegas querem me ajudar a me desenvolver (necessidades). Você poderia me chamar para conversar em particular quando se sentir irritada comigo? (pedido). 

Frases do livro

“Saiba distinguir sentimentos de pensamentos”

“Palavras são janelas ou são paredes. Elas nos condenam ou nos libertam. Quando eu falar e quando eu ouvir, Que a luz do amor brilhe através de mim”

“Somos perigosos quando não temos a consciência da nossa responsabilização da forma como nos comportamos, pensamos e sentimos”